segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Tarde

Tarde,
Tão tarde que se começa
Não importa o quê? É começar…
Começar de novo…
Como a cada nascer do sol…é dia
Como a cada ocaso a lua se renova.

África, meus olhos só te vêm de longe
Angola, minha alma extasia-se na saudade
Já não grito…calei minha voz
Só contemplo num fraco gemido
Quem meu olhar seguir, verá o que sinto

O meu olhar veste-se de silêncio
Para que eu escute a tua voz
No sopro de vento
Nas gotas da chuva
Que nas folhas das árvores
Choram comigo.

Meu olhar é meu silêncio
Do que vi, do que quero guardar
Meu olhar é enigma fixo no vazio
Não é tarde para no silêncio ver e olhar
Que a vida é silenciosa na memória
Do meu olhar que aqui e agora…está Vivo.


SAM

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