Já foi sorrisos, outrora criança nutrida
Felicidade era prometida a quem assim era
Foi alvo da chacota das diferentes dela
Seu corpo de mutações próprias se alterara
Sua vergonha sem “mea culpa” teimou em não a largar
De extrovertida passou a andar escondida
Na sombra dos seus passos andou silenciosa e devagar
Fugiu de gente, de pessoas que gozam o pleno da vida
Límpido como cristal, foi vivo o seu olhar
A “sombra” viria como um manto de morte
E a chama viva desse olhar começara a se apagar
Entregando-se a tão vil e má sorte
O espelho vítreo e frio, o seu ser descobriu
Ao invés das curvas suaves do seu corpo
Flácida de pele com rugas escuras, assim se viu
Silhuetas marcadas sob a cútis, tudo torto
Foi tempo que passou sem aviso
Foi tempo que lhe disseram que era linda
Foi tempo de ilusão, foi o seu tempo maravilhoso
Foi porque quis ser diferente em tempo ainda
Hoje o tempo passou, bem ou mal fez
Se o soubesse, se a tivessem avisado
Quereria ter sido nutrida, alegre e feliz
Que viver este resto de vida neste quadro
SAM
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