sábado, 24 de maio de 2008

Cerejas e palavras


Cerejas pois, serão no sabor da minha memória

Uso palavras para descrever aroma tão peculiar

Escrevo cada gota sorvida da sua nobre polpa

Exala-se, a cada trincadela no rubi do pomar

Se estas são palavras como serão as restantes

Manga, abacaxis, banana, tropicais de seu gene

Não tem hora, nem dia, diria que são conversas

Falas diversas em sintonia, falas de gentes…

Noites de luar com palavras de sentido cheias

Brisas nocturnas na areia grãos se levantam

Em formas de corpos esculpidos de roupagens nuas

Que ao romper do dia se desmoronam

São palavras, foram cerejas e ecos restam

São súplicas da alma, foram versos

São só estes que pouco mais comunicam

São mesmo palavras e cerejas, de improvisos!

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