terça-feira, 30 de outubro de 2007

Meu voo, meu sonho

Já sonhei, já voei
E voltarei a voar
Voarei sempre que sonhar
E sonharei sempre que voar
Rés ás areias quentes
Circundando as dunas nas areias soltas
Que se movem á velocidade do vento.
E é á velocidade do meu voo
Que as toco com os meus dedos e nelas desenho

Rasei os planos de água nas marés
Que só os dedos dos pés ao de leve tocaram
Espargindo gotículas de sal
Sal do meu amargo sabor da lágrima
Que teimosa cai sem me avisar

Sem aviso, porque sonhei
Que planava da Chela para o Namibe
Rente ás falésias escarpadas abissais
Lancei-me num voo louco pelo Bimbe
No meu sonho saltei da Tundavala
Que na profundeza me espera e me embala.
Aos voos rentes que fiz ás dunas sob sol escaldante
Abriguei-me na parca sombra de uma Welwitchia.

Voar é divino e toco-me quando voo

Como me sinto que é real, mas um deus menor.
Entre mim e o meu voo só está o sonho

Ao mortal que sou desprovido de asas
Só me resta sonhar o meu voo eterno.

Mas antes quero voar sobre os Fiordes
Planar como um condor nos Andes
Na magnitude brilhante e gelada dos céus tomar

O voo solitário de um albatroz sobre os oceanos.
Voar como eu voo quando sonho concluo que,
O meu sonho é um voo perfeito.


SAM

1 comentário:

Catarina Gerássimos disse...

"Sem aviso, porque sonhei
Que planava da Chela para o Namibe
Rente ás falésias escarpadas abissais
Lancei-me num voo louco pelo Bimbe
No meu sonho saltei da Tundavala
Que na profundeza me espera e me embala.
Aos voos rentes que fiz ás dunas sob sol escaldante
Abriguei-me na parca sombra de uma Welwitchia."

Continua voando mano!!
Não mudes de direcção!!

Parabéns!!

Adorei este poema!!