Meu canto, meu choro, minha lágrima
Do nó apertado que me sufoca o ritmo
O soluço que me corta rés o pensamento
Do que me falta e do que me leva a cantar
Meu canto sagrado, minha arte que eu não conheci
Pelas minhas mãos queria tecer o meu trajecto
Por caminhos cruzados, ou na sombra crepuscular
Escutar na falésia o som da minha voz em eco
Não há grito sufocado, existe só um canto, o meu
Onde minha voz rouca na madrugada me embala
O sonho, onde pairo sobrevoando nas asas do vento
Quente do deserto, que me eleva por cima da bruma
Na fenda da escarpa onde meu coração rasga
Exangue por ti me fico, mudo mas não em silêncio
Eis o meu grito surdo que ecoa no desfiladeiro da vida
Clamando por ti, vejo como sou pobre sem ti…
No compasso me rasgo em pedaços mil de mim
Por um gesto teu, um olhar, um sorriso de encantar
Amar assim é doer na alma, amar assim…
Assim amarei e cantarei por um amor que quer amar
Gotas do meu sal cristalizam-se ao canto dos meus olhos
Pedaços da vida em postais rasgados me reflectem o sonho
Sorriso amargo que me esboça o que foi belo nos meus lábios
Belo foi o que de ti escutei, uma melodia rumba de amor
Como dancei voando e como sonhei dançar contigo esta rumba…
SAM
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