sábado, 25 de agosto de 2007

Água da minha Sanga...


Eu bebo a água da minha sanga
a que eu não beber no moringue vou guardar
sabe a terra, sabe a sal, saberá a sangue?
não, são lágrimas furtivas que deixei escapar

Tuas dores e raivas são as balizas que ladeiam a tua longa estrada
por ela caminharás como eu faço na minha
e nesta eu caminho, mesmo alagada
como a vi em sonho e senti que nela se caminha

coberta com água não muito funda se vê
o seu traço sem receio de nos perdermos
não era linear mas em curvas sempre plana e suave
sem temor de quem comigo ia quando a percorremos

Notara porém que meus pés não molhara
muito suave deslizei sempre por cima da água
parecera que simplesmente naquele momento voara
planando nas asas da memória contornando a fraga

O meu amor comigo ia ao no meu colo a levava
no contornar das curvas sustida de emoção
por voar rés á linha tangente da estrada viva

SAM

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