É curioso como a sinto e vejo tudo claramente
E leio o que redijo, quando é ela que escreve
Sei o quanto que escreve, e sei que não mente,
A sua razão e a vontade a que ela se remete
É a minha mão esquerda, apresento-a
E porque não é a mão dextra erguida?
Julgo perceber que é por razões de sigilo
Porque de outro modo não seria compreendida
Gosto de, quando e como ela escreve e o que quer dizer
É sonhadora romântica e sensual num poema
Pode ser inconveniente e dura de parecer e crer
Numa prosa, em que não se preocupa com a rima
A minha mão, esquerda ou não é minha, não é fictícia
Direita ou não, pertencem-me, foram-me dadas
Uma é suave, leve ao simples toque de uma gota em carícia
A outra é forte, rude e até do trabalho calejada
Junto as duas nas palmas e noto como são opostas
Por assim serem, elas se prestam para uma oração
Tão extremas na sociedade, e no meu ser tão próximas
Qualquer delas está perto meu coração
Desejo que a minha mão esquerda nunca perca
A oportunidade de dizer o que sente
Assim como, que a minha mão direita
Se comprometa a defender a sua gente
Para evitar equívocos e outras deduções
Gosto de ambas, escrevo certo com as duas, mesmo torto
Queria que o que elas escrevessem ficasse nos vossos corações
Mas a razão principal desta minha mão, “é que sou canhoto”
SAM
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