quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Continuar assim

Ser-se poeta sem o saber
É ouvir da alma a sua voz
É escutá-la nua e escrever
É puro o que se apodera de nós

Saber que se é poeta, como é difícil de o ser
Entrega mais de si pelo coração
Dá o que pensa e compõe como quer
Basta-lhe papel e pena, na escrita á mão

De louco e de poeta diz-se por aí
Todos temos um pouco e de amor á mistura
Temos o principal, o momento em si
Escrevemos e só o sonho perdura

Não quero ser poeta
Mas quero em verso escrever
Não serei nunca profeta
Para o futuro o poder viver

Soltam-se-me palavras ao vento
Quero agarrá-las, dos meus dedos se escapam
Como areia, sobre uma folha as alinhar eu tento
Umas tão difíceis, do papel escorregam

Na certeza fiquei convencido de vez
É muito difícil de o ser, vejo por mim
O que eu começara mal e o que me fez
Decidi, acordei, vou continuar assim.

SAM

1 comentário:

Anónimo disse...

Sérginho sabes que sou uma admiradora da tua escrita, muita vez o tenho dito " quem me dera ter este dom". Deus não mo deu. Por isso amigo peço-te que continues, pois terás sempre aqui uma pessoa que tudo aquilo que tu escreveres lerá com muito orgulho de poder dizer que têm um amigo como tu.
Do fundo do coração para ti e para a tua linda filha que vejo ter orgulho na escrita do pai, só podia, desejar-vos tudo de bom que a vida vos possa dar.

Nanda