Lá, bem longe, lá prás bandas do mato
Lá no meio dos mutiatis e das mupapas
Sinto o cheiro, sinto o'kuiva do sambo
O sambo do meu seculo. O Seculo dos sobas
Escuto o som do pilão, são muitos a bater
Vão tangendo sons roucos e cadenciados
O n'pungo aos poucos de grão deixará ser
Na batida compassada, farinhas, sabores refinados
Lá bem longe também se mói nas pedras
Lages de covas pequenas cavadas no duro
Desgastadas no tempo por moentes das fragas
Farinha fina e clara deu, do massango escuro
Lá de bem longe, sinto chegar o vento quente
Trás outro cheiro com ele, um aroma da terra
Da tua e da minha, de todos nós, de quem a sente
A terra vermelha molhadaa, vamos que o salalé não espera
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